O elevador é o equipamento mais usado nos condomínios. E é incrível o rebuliço quando ele quebra e demora para ser consertado.
Pior ainda quando alguém fica preso nele e o socorro demora duas horas para chegar. Ou atinge idosos e pessoas com mobilidade reduzida -momento em que o assunto deixa de ser mero desconforto, para configurar risco à saúde e à integridade das pessoas.
Moradores ficam revoltados e os síndicos são massacrados. Impotentes, eles esperam a boa vontade das empresas de manutenção, que já não conseguem dar conta da demanda com a agilidade esperada.
Quando queima alguma peça cara, aí a dor de cabeça aumenta. Logo o fabricante se exime, alegando mau uso ou “fatores externos”. O seguro do condomínio, quando acionado, leva dias para marcar uma vistoria, para, então, decidir se cobre ou não o item danificado.
Enquanto isso, o síndico fica com a batata quente na mão, pois não pode autorizar uma despesa grande nem deixar o elevador parado.
Todos os condomínios são obrigados a manter um contrato de manutenção dos elevadores -uma despesa mensal bem alta. As empresas realizam manutenção preventiva, reparos emergenciais, substituição de peças e resgate de passageiros.
Num único dia, cada elevador faz centenas de deslocamentos e o desgaste é muito grande, razão pela qual a manutenção preventiva precisa ser extremamente bem feita.
Três grandes empresas fabricantes de elevadores dominam o mercado de manutenção e precisam criar mecanismos para um atendimento mais ágil e eficiente.
Para tanto, síndicos e administradores precisam do apoio das autoridades públicas e órgãos de defesa do consumidor para evitar a padronização de cláusulas abusivas e a cartelização.
Para cooperar, os moradores têm papel fundamental -sobretudo na utilização correta dos equipamentos e na fiscalização de seus vizinhos. Neste sentido, a instalação de câmeras nos elevadores é medida necessária nos condomínios.
Por fim, vale lembrar que somente os técnicos autorizados e os bombeiros podem fazer resgate de pessoas presas nos elevadores.
Fonte: Folha do Condominio / Por: Marcio Rachkorsky